Após a
Argentina vencer a final da Copa do Mundo de 1978, o Monumental de Nuñez entrou
em clímax. As pessoas ficaram felizes pela vitória, mas não era só porque se
tornavam campeões mundiais, e sim pelo contexto da história. O país passava
pela Guerra Suja. Repressão, desaparecimentos, mortes e muito sofrimento. Os argentinos se uniram para torcer pela sua
seleção e tentar amenizar um pouco do sofrimento.
A Seleção
Argentina chegou à final contra a Holanda. Quatro anos após perder a Copa do
Mundo de 1974, o Carrossel Holandês tentava o título na América do Sul. Mas a
união da torcida local com sua seleção foram mais forte. Após os 90 minutos e o
empate em 1 a 1, o jogo foi para a prorrogação e terminou com a vitória da
Argentina por 3 a 1. Foi uma explosão de alegria. Jogadores no campo, torcida
nas arquibancadas e no campo. Eis que de repente um homem sem braços ‘abraça’,
os já abraçados, o zagueiro Tarantine e o goleiro Fillol.
Mesmo sem os
braços, aquele foi o Abraço da Alma. A alma de todos os argentinos que sofreram
com a Guerra Suja, que continuaria por mais alguns anos.